quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

São as águas de março fechando o verão.


O que as chuvas têm a ver com as finanças pessoais? Este texto foi especialmente escrito para pessoas que não possuem um rendimento fixo, salário todo mês, principalmente para vendedores.
Tivemos o racionamento de energia que terminou graças a Deus que mandou bastante chuva. Os profissionais que possuem um rendimento variável têm também o seu período chuvoso. Quando conseguem faturar mais, é hora de fazer um planejamento e encher os reservatórios (reserva financeira) para enfrentar, sem problemas, os meses de seca, quando o rendimento cai e as contas mensais, na sua maioria, continuam.
No Brasil o movimento econômico engrena mesmo é depois do carnaval e da Semana Santa, então se você tem chance de faturar mais depois dessa época, planeje seus gastos pessoais e familiares para que você possa construir uma reserva financeira para enfrentar os meses críticos (cada área tem o seu).
Não é porque você está faturando mais agora que você pode gastar mais. Isso é muito comum para pessoas que não possuem um planejamento financeiro. Gastar é muito bom, é um prazer, e todo vendedor deve saber muito bem isto. Porém, você não pode entrar no círculo vicioso dos gastos, ou como escreve Robert Kyosaki é a “corrida dos ratos”, quanto mais se tem mais se quer gastar.
Sempre existe uma coisa nova para se gastar dinheiro e cada coisa tem um preço. Na compra de um carro popular, por exemplo, existem modelos básicos a partir de R$ 25.000,00 e modelos “populares” com ar, direção, air-bag, etc. de até R$ 40.000,00. Na compra de um sedan você pode escolher um Vectra de R$ 70.000,00 ou um BMW de R$ 300.000,00. Muitas vezes você acaba comprando apenas pela aparência que aquele carro estará lhe proporcionando. Todos os dois são carros zeros e executarão bem a sua principal tarefa que é o transporte. Se você tem dinheiro para andar de Uno, não queira comprar um Vectra, pois isso pode lhe trazer a satisfação momentânea, mas como você vai pagar por essa satisfação?
Não crie cabides dizendo que “se” eu ganhar mais eu vou guardar para constituir a reserva financeira. Ou eu ganho pouco e não tenho como fazer sobrar, ou ainda eu quero é aproveitar a minha vida agora. Todas as pessoas têm condições de fazer um racionamento dos gastos para não criar mais à frente um apagão nas contas pessoais, e voltando a falar, a sua qualidade de vida é muito afetada quando existe um descontrole das finanças pessoais.
Até a sua produtividade é afetada. Como você consegue trabalhar bem e pensar que seu cheque especial está no limite, e no cartão de crédito que você está pagando o mínimo? Aí vem uma pessoa chamando para sair, um filho querendo alguma grana, e a pressão pelo consumismo fará com que você passe a ter problemas de relacionamento dentro de casa.
Então, mãos à obra, faça um balanço dos gastos e planeje-se para não ficar no apagão das finanças pessoais. Viva em paz com seu dinheiro.